O teste da feijoada.

maio 19, 2008

Servida o ano inteiro, a feijoada ganha ainda mais fãs quando a temperatura cai. Basta um ventinho frio para se multiplicar a fila em restaurantes e botecos que preparam a receita. Não por acaso. O prato-símbolo da culinária brasileira é um cozido substancioso de feijão-preto com carnes e embutidos. Diz a lenda que teria surgido nas senzalas, entre os escravos, durante o Império. Pesquisadores como o historiador gaúcho Carlos Augusto Silva Ditadi, do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, contestam essa tese. “Isso é folclore, uma visão romantizada da escravidão”, explica o especialista. “Trata-se de uma variação de um prato de origem portuguesa”, diz J.A. Dias Lopes, diretor de redação da revista Gula. “Feito em Trás-os-Montes, tem o mesmo nome, mas leva feijão-branco.”

Não faltam bons endereços para saborear a autêntica feijoada completa ou “quase”, servida em cumbucas ou em bufês. Para facilitar a escolha do leitor, os críticos de Veja São Paulo visitaram dez restaurantes e dez botecos sem se apresentar e pagaram suas despesas. O teste ocorreu entre a última semana de março e a primeira de maio. No campeão dos restaurantes, o Baby Beef Rubaiyat, no Paraíso, a refeição tem clima de festa. Começa ainda no bar, onde a clientela se serve à vontade de boas batidas, torresmos crocantes e lingüiça de lombo. O Pirajá, em Pinheiros, adota uma receita da carioca Tia Surica, famosa cozinheira e pastora da Velha Guarda da Portela. Confira o ranking dos melhores endereços para fartar-se com uma feijuca.

Fonte: Veja São Paulo

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